quinta-feira, 4 de outubro de 2012

BELÉM DEPOIS DO DUDUSSAURO SAFADISSIMUS

Vou fazer uma análise dos cenários em que governariam, se eleitos, cada um dos três candidados com possibilidades de vencer as eleições para a Prefeitura de Belém.
Não discutirei virtudes ou pecados de nenhum um deles.

Mas mesmo me atendo a fatos "objetivos" sei que desagradarei amigos, serei xingado, esculhambado, amaldiçoado, por isso estou me valendo de todas as proteções disponíveis no mercado do universo paralelo: umbanda, cabala, magia, me apegangando a São Jorge, Papai Ogum, São Cipriano, meu primim Padre Ciço.

Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.

Faço a projeção destes cenários tendo em mente que o espírito republicano nunca baixou, de fato, no nosso terreiro político, onde as três instâncias do poder executivo nunca se articulam visando os interesses públicos, descaradamente, de cima para baixo, desencadeiam um processo de sabotagem, caso as intâncias inferiores não sejam da mesma "armação" política.
Sempre foi assim, na República Velha, no Estado Novo, na Ditadura Militar (lembram o que aconteceu com o Alacid quando saiu da ARENA-PDS e apoiou o Jader) e depois na Redemocratização.
Fico com exemplos recentes.

Edmilson, prefeito de Belém, ainda comia do pirão PeTista, FHC e Almir tucanavam no mesmo saco. Belém não recebeu um centavo do Programa Monumenta, na ocasião o maior programa de financiamento, a fundo perdido, de ações nos centros históricos. Era previsto pelo BIRD que a gestão do programa fosse do município. Almir fez tudo que pode e obstruiu a liberação dos recursos.
Em vez de punir o PT, Almir puniu Belém que só foi receber recursos 2 anos depois, quando assumiu Lula.
Aí inverteu-se a situação, toda má vontade em relação ao Simão e todos os mimos para o Edmilson que construiu até um BRTrenzinho na João Alfredo.

Então vamos analisar o cenário futuro nesta hiper-real miséria política.

Comecemos pelo Edmilson que lidera as pesquisas até o momento.
Sua eleição para prefeito configura o quadro de maior adversidade para alcançar a governabilidade.
Terá dificuldade em formar maioria na Câmara.
Será tratado como renegado pelo governo federal, que não tolera ser criticado pela esquerda, principalmente por aqueles com quem já dividiram o mesmo pão político: com-pão-nheiros.
Dependendo de como se comporte, poderá ser melhor tratado por Jatene do que por Brasília, que repito, o verá sempre como um traidor (a Esquerda não trabalha com o conceito de perdão).
Edmilson dança melhor o Bumba-meu-boi, que não precisa jogo de cintura, do que o Samba, que requer malemolência nas cadeiras. Para se equilibrar nesse jogo terá que se matricular na Escola Circo.
Ou tentará sair do isolameto com mobilizações populares, mas quem escutará suas reclamações?
O bispo?

Oração a São Cipriano: contra bruxarias e feitiçarias
Em nome de Cipriano,
e suas 7 candeias,
em nome de seu cão preto,
e suas 7 moedas de ouro.
Em nome de Cipriano,
Eu sairei vencedor!

É dificil de saber quem está em segundo, Zenaldo ou Priante. As pesquisas ainda são inconfiáveis.
Vamos ao Zenaldo.
O problema do Zenaldo é que o Pará se apresentaria como uma terra propícia para a multiplicação do tucannus biccus longus, já praticamente extinto em alguns estados brasileiros. Aqui, graças ao desastrado governo do PT, eles têm crescido e se multiplidado. Com os tucanos no governo do Estado, na prefeitura da capital e em Ananindeua, o segundo colégio eleitoral do estado, Brasília nos reservaria um especialíssimo tratamento à pão dormido e água sem gelo.

Zenaldo poderia mudar para o PSD, que segundo seu líder inconteste, fundador e benemérito Gilberto Kassab: não é nem de esquerda, nem de direita nem de centro (muito pelo contrário). Partido que é presidido no Estado pelo super-amigo do governador, o super-secretário Sérgio Leão, providencialmente aninhado na coligação do tucano.
Mas isso é pouco provável.

Nesse caso Brasilia, para compensar, aumentaria, ainda mais, o poder do governo paralelo do com-mensa-leiro Paulo Rocha, Governador Geral e Comissário Mor das Obras de Belo Monte. Mas se ele for justiçado pelo Batman, como tudo leva a crer?
Quem o substituirá o errolado Beto Faro, a Maria, já então ex-prefeita de Santarém!

" Bendito e Sagrado seja o nome de Deus, que alcança a todos em todo lugar e em qualquer tempo, que criou e abençoou a vida com saúde, amor, respeito, consideração, ilumina e encaminha a todos que hoje necessitam de paz, de força, de amor, de amparo, que nenhuma alma seja esquecida e que todos que acordarem para a fé e a gratidão encontrem o caminho e preencham o vazio com a sua presença, sua glória aqui neste momento e para todo o sempre, que assim seja, amén..".

O ideal neste caso seria um candidato tipo "pau de dois bicos", que com um bico cutucasse os favore$$$ do governo federal e com o outro os bons humores do governo estadual, este homem é o Priante, o problema é como adverte-nos as escritura: ninguém pode servir a dois senhores. Nestes volteios, neste sapateado, neste cutuca aqui, cutuca alí, cutuca acolá, as cutucadas vão magoando o outro lado, magoando e até já vão cortando.

E assim, este prefeito com a vantagem de jogar para os dois times, também pagaria seu preço, seria tratado com a desconfiaça de judeu errante, alias "abraamodescendente que anda ao acaso" e sofreria mais do que suvaco de aleijado, digo "axila de portador de paraplegia". Pior viveria sob pressão, uma hora teria que tomar partido do mais forte. E o mais fraco sabe disto desde sempre.

Ô Jorge, ô Jorge
Vem de Aruanda
Tenha pena de seus filhos
São Jorge venceu demanda
Ogum, Ogum
Ogum meu Pai
Foi você mesmo quem disse
Filhos de Umbanda não cai

Escolha bem nosso menos pior futuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário