domingo, 27 de maio de 2012

Rever o fogo

Amiga minha de longa data, servidora com relevantes serviços prestados ao Arquivo Público do Pará, me adverte que houve EXAGERO na nota assinada pela também minha amiga, Ethel Valentina, presidente da Associação de Amigos do Arquivo Público.
Ao receber o comunicado sobre a situação do prédio, não exitei em dar-lhe publicidade no blog sob o título "Queima de Arquivo".
Informações postadas na web são como penas espalhadas pelo vento e podem ser usadas com vários propósitos, tanto serviram para estimular a discussão sobre o cuidado com nossa memória, como para meter o sarrafo nos Tucanos.
Depois disto, comentários impublicáveis caíram no meu blog perguntando se eu tinha me vendido ao PT e estava querendo atingir o PSDB em ano eleitoral.
Essas patrulhas ideológicas são muito chatas.
Ninguém pode dar opinião sobre qualquer coisa e já vem logo sendo rotulado.
Não sei se algum outro blogueiro já declarou tantas vezes seus votos.
Vou fazer mais uma vez:
Já disse que na eleição passada fui 1345.
Votei na Dilma, o que não me impede de dizer que ela desceu à mansão dos porcos, aqui, quando vem elogiar esse tal de BrT do Safadíssimus Duciomar.
Em 2006 votei na Ana Júlia, não o fiz novamente em 2010, seu governo foi um desASTRE e obrigará o PT a pagar, por muito tempo, o alto preço deste desGASTE.
Um dos piores desempenhos do governo AJu foi justamente na Secretaria da Cultura onde o professor de história-secretário só pensou em sua campanha para deputado estadual. Pelo que consta não enfiou um prego no Arquivo Público.
A última interveção estrutural no Arquivo foi feita pelo atual secretário de Cultura Paulo Chaves no primeiro governo Almir Gabriel.
Acima de qualquer paixão, foi positivo o fato de discutir-se a situação em que se encontram "documentos únicos da História Universal".
Eles estão ameaçados, mesmo se a atual sede do Arquivo estivesse dotada de todas as medidas de prevenção e segurança interna.
As ameaças externas de incêndio são inúmeras, não vamos esquecer que o Comércio é um dos bairros campeões em chamadas para o corpo de bombeiro.
Este patrimônio só estará fora de risco se for transferido para um edifício novo, dotado da melhor tecnologia de segurança.
Pelo que consta a SECULT já tem um projeto para isso.
Então, vamos trabalhar pela construção de uma nova sede para o Arquivo Público.
ISTO É DEVER DE TODOS OS PARAENSES.

3 comentários:

  1. O que comentar não é Professor? Não sou dada a exageros mas todo mundo tem direito a opinões. Ethel

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  2. Desculpe, esqueci de retificar, nâo sou presidente da Associação mas Diretora Executiva. Ethel

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  3. Neste caso específico, "é melhor pecar pelo excesso do que pela omissão" - como me disse uma amiga hoje. Este ato não é contra ao governo X ou Y, é uma chamada de atenção para a forma como a memória social vem sendo tratada ao longo dos anos no Pará e porque não dizer no Brasil. Não podemos ficar inertes enquanto o APEP passa por risco iminente de incêndio. E não apenas isto, há muitas outras questões referentes ao APEP e as bibliotecas públicas do Pará que devem ser discutidas, como a questão da Gestão documental, por exemplo. O fato do ato ter coincidido com as vésperas das eleições, é apenas isto, COINCIDÊNCIA. E se este fato vai servir para que os Estado se sensibilize para a situação do APEP, ótimo. Talvez, Clio nunca durma.

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