sexta-feira, 22 de abril de 2011

O papel dos atuais partidos políticos brasileiros

Eu tenho uma proposta, vamos acabar com essa história de quem é o melhor partido, quem salvou o Brasil etc.
É mais claro como o dia que o PMDB foi o partido que derrubou a ditadura e conquistou a democracia.

O PMDB de Ulisses, Tancredo, Jáder, Hélio Gueiros, Raimundo Jinkings, Paulo Fonteles, Humberto Cunha, Carlos Sampaio, etc, etc, etc

Coisa que nem Lula ou Fernando Henrique, na época, tinham condições de fazer.
Depois veio a era do PSDB, de FHC, Mario Covas, Serra, Almir Gabriel, etc, etc, etc.
que domou a inflação e estabilizou a moeda com o plano Real.
O PT, de Lula, Paulo Rocha, Ana Júlia, etc, etc, etc, é o partido que está promovendo a diminuição das desigualdades e uma, ainda que tímida, distribuição de riqueza.
Em suma, nenhum tinha condições históricas de fazer o que seu antecessor fez e sem o que, o sucessor, também não cumpriria sua agenda.
Só que, para que cada um cumprisse seu papel, todos tiveram,
como o infeliz Fausto, de vender a alma para o diabo.
O diabo, como sabemos é um cara volúvel e assume muitos nomes: cão, satanás, tinhoso.
Na política brasileira, em cada momento teve um nome: Centrãbo, PFL-abo, DEM-abo, PMDeaBo.
Na era do Capital fabril, quando Goethe escreveu o seu Fasto, o diabo cobrava a alma no fim da vida.
Agora, o Capital Financeiro já leva uma parte em garantia e vai cobrando o resto em juros e prestações, com isso, cada um destes partidos perdeu parte de sua alma original e já tem um pouco da cara e da alma do diabo.
Missões cumpridas, deveriam se imolar e dar lugar para a criação dos novos partidos, capazes de pensar e governar o Brasil do século 21.
Isso seria a revolução brasileira que poderia dar rumo ao século 21, no ocidente, que convenhamos, tá complicado, e velho.
Mas, ninguém larga a carne seca quando está por cima dela.

3 comentários:

  1. Flávio.

    Concordo sobre esse improvável abandono da "carne seca".

    Meus dois centavos:

    •No meu modo de ver nossa indignação não teve, até hoje, o grau suficiente para banir a forma vigente e viciada dos leilões de "poderes políticos" (a tal "carne seca"), assim como acabar com os "reembolsos de investimentos" em contratos governamentais lucrativos.

    •Um cenário futuro parece indicar que os partidos devem se enxergar, não só como protagonistas de disputas eleitorais, mas no papel de agentes sociais permanentes, com peso e relações fortes junto aos movimentos organizados.

    Talvez por isso, como dizes, a necessária imolação numa nova direção de "pensar e governar o Brasil do século 21".

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  2. Caro Flávio,
    permita-me discordar de sua rápida análise sobre os "Partidos Políticos Brasileiros" atuais, até porque desde 1980 há uma luta pela organização ou reorganização da vida partidária tupiniquim. A questão é que com a exceção dos ilegais partidos de esquerda e alguns bisonhos pruridos direitistas, como o PRP, os partidos que existiam até a dissolução decretada por Castello Branco eram simples agrupamentos de acomodações da oligarquias regionais ou tentativas de estruturar organizações corporativas com mais amplitude e poder político. Assim, pode-se dizer, lato e stricto sensu ainda estamos em processo de conformação e configuração de estruturas e conceitos político-partidários.
    O MDB, por exemplo, jmais foi um partido, bem como a ARENA, ambos foram frentes. Um representando a vontade e os anseios daqueles que tinha sido alijados do poder com o Golpe, enquanto que a outra, era a confederação oligarco-imperialista que estava no poder. Creio que há um excesso de boa vontade para com o Fernandinho II, pois, se há algo que lhe cabe, é o reconhecimento de ser um usurpador e um grandioso Quisling. Para não me alongar mais, fiz uma lista de alguns posts em que trato desse assunto. É algo para ser lido se estiver com muito bom humor e uma paciência extremamente alta:
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/08/mercadante-netinho-e-marta-surfam-na.html
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/07/longa-marcha-de-leao-xiii-ao-imperio.html
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/07/esfinge-ou-medusa-da-politica.html
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/09/sao-paulo-uma-onda-de-liberdade.html
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/09/um-bufao-e-sua-fanfarria-politica.html
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/09/o-povo-brasileiro-contra-nova.html
    E como aperitivo, aqui vai um texto para se pensar, até porque não foi escrito por marxista algum:
    http://pedroayres.blogspot.com/2010/07/o-ano-da-dissolucao-da-america.html

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  3. Boa espicaçada Flávio. Melhor ainda é a tirada cronológica de Pedro. Fico porém com o FLAGRANTE DESCALABRO circunstanciado por Lúcio Flávio, sempre atual, sobre o Judiciário Paraense. Nossa EXCELSA PRETORIA não deixa nada a dever aos onze liderados por FUX. Estamos na descendência: enquanto há carência de Pediatras na Saúde Brasileira, engrossam as fileiras de ladrões.

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